terça-feira, 29 de março de 2011

Um desabafo na busca de elaboração

Durante uma conversa me falaram para não perder a fé na humanidade quando uma pessoa faz algo de ruim ou desrespeitoso contra você. Ironicamente, essa pessoa me causou um grande mal, que já foi deixado para trás e estou citando aqui justamente porque há momentos que devemos deixar para trás algumas coisas e sinto-me a vontade em falar sobre justamente porque o mal causado já não me machuca e foi elaborado.

Sempre brinco com um jargão da psicologia:"Elabore". Em determinados momentos eu digo:"Fulano, elabore tal pessoa ou situação". Elaborar para os leigos pode ser entendido como lide com isso, resolva isso internamente.

Elaborar é um dos processos mais dolorosos, em minha opinião, ao longo da vida e do processo terapêutico (falando em psicanálise e demais terapias regulamentadas pelo CRP). O processo permite a integração, por parte do sujeito, das partes dissociadas, ou seja, o sujeito ao longo da na terapia de consultório e em reflexões sobre e a partir do processo analítico, consegue lidar melhor com questões cruciais, "colando os cacos" deixados por algumas situações.

O trabalho de elaboração implica que o sujeito assuma a sua própria parcela de responsabilidade nos fatos e comportamentos que acompanham a sua vida, é uma tarefa, em grande parte, das funções conscientes, porém ela se processa em nível inconsciente. como no caso dos sonhos.

Como mencionei anteriormente, a elaboração não sai de graça. Comumente vem acompanhada de algum grau de forte sofrimento, pois esse "trabalho" implica em aceitar perdas, renunciar a aspectos antes idealizados, enfrentar pressões externas e, principalmente, internas. Embora a dor vivenciada ao longo do processo é recompensada, por assim dizer, uma vez que a elaboração é a passagem necessária para se obter verdadeiras mudanças na estrutura do caráter, de comportamento, de atingir a liberdade interna e uma libertação de capacidades que, em estado potencial, estão imobilizadas pelos freios neuróticos.

Resumindo de forma menos técnica: elaborar é resolver, realmente, verdadeiramente, as questões que nos incomodam, aceitando nossa parcela de responsabilidade naquilo que acontece conosco.

Retomando o início do post, tomo para mim muito mais responsabilidade que deveria. A maioria das pessoas que falam para eu não perder a fé nos outros por alguma decepção vivida com uma pessoa específica, é quem me decepcionou em um primeiro momento de formas avassaladoras, mas graças a elaboração (que garanto, foi igualmente dolorosa e transformadora) posso perceber a limitação do outro sem abalar o carinho sentido por essa pessoa específica.

Virar as costas é mais fácil que dar a cara a tapa. Fechar os olhos é menos doloroso que abrir o coração. Fugir é menos traumático do que enfrentar.

Viro as costas, fecho os olhos e fujo diariamente e também dou a cara a tapa e abro coração, bem como, enfrento cada adversidade diariamente. Cada ação a seu tempo, na medida que posso, que aguento.

É por isso que no primeiro momento pareço ter perdido a fé na humanidade quando, por exemplo, sou vitima de algo injusto, mas após conversas com amigos, comigo mesma e com minha psicóloga, percebo minha parcela de responsabilidade em tal injustiça e tento aprender com isso para não repetir essa injustiça com um outro. Tempo é necessário para o processo de elaboração. O tempo não cura ou elabora nada, a não ser que o sujeito faça sua parte.

Fazer ou não fazer consistem em ações para o inconsciente e se tem um lugar de onde nunca podermos nos esconder, esse lugar é o inconsciente. Abrigo dos tão famosos fantasmas e assombrações que teimam em aparecer quanto mais rezamos.

E só lembrando: Tomar responsabilidade para si não diminui a responsabilidade do outro e do Estado em inúmeros pontos cruciais da vida em comunidade.

Uma pequena observação, o post foi escrito com afetos internos, algumas inspirações um bocado aleatórias e outras nem tanto, mas certamente é mais um passo no caminho da elaboração.

domingo, 13 de março de 2011

Um almoço vegetariano - 13/03/2011


Há algum tempo penso como deveria ressuscitar o mol de coisas e penso ter encontrado uma boa maneira, com um almocinho básico que fiz hoje, dia 13 de março.

Estava com alguns legumes em casa que precisavam ser consumidos, um tomate já bem vermelho e algumas fatias de pão italiano. Então decidi fazer um almoço vegetariano!

Fiz um tomate ao forno, batata no azeite com ervilhas e pão francês no forno com queijo.

Azeite temperado:

Ingredientes: azeite, noz moscada, salsinha, cebolinha, cebola, alho, pimenta e sal.

Batatas com ervilhas e azeite:

1. Lavar, retirar a casaca e cortar em rodelas de grossura média uma batata média

2. Colocar as rodelas de batata em uma panela com água

3. Levar a panela ao fogo e deixar as batatas cozinharem

4. Depois de cozidas (espete um garfo nas rodelas, quando estiver macia ao "espetar" retirar da água fervente) colocar as batatas em uma frigideira, já aquecida, com o azeite temperado

5. Depois de alguns minutos, quando as batas estiverem começando a ficar douradas, adicionar as ervilhas, coloquei 3 colheres de sopa.

6. Fritar por mais alguns minutinhos, de 2 a 3.

Tomate ao forno:

Ingredientes: tomate maduro e azeite temperado

Preparo:

1. Untar uma assadeira com óleo ou azeite (sem tempero)

2. Pré-aquecer o forno

3. Lavar e cortar os tomates em 8 pedaços parecendo uma cestinha

4. Levar os pedaços de tomate à assadeira e colocar o azeite temperado sobre os cortes de tomate, levar ao forno.

Pão Italiano com queijo:

1. Passei o azeite temperado em um dos lados de cada fatia de pão italiano (usei duas)

2. No lado sem azeite adicionei queijo prato ralado (caso você tenha em casa, pode colocar orégano ou manjericão sobre o queijo)

3. Levei ao forno, coloquei na verdade na mesma assadeira que estava o tomate (já no forno)

4. Retirar quando o queijo estiver borbulhando.

OBS: A receita é para uma pessoa, por isso as porções são pequenas.